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As Relíquas do Santuário

Originalmente, no início do cristianismo, o povo de Deus recolhia os corpos dos mártires e os sepultava com reverência. Anualmente, os túmulos dos mártires eram visitados por peregrinos, que ali rezavam uma missa. Nessa época, a relíquia era a própria sepultura do mártir.

Atualmente, por tradição, o altar onde se celebram as missas tem sempre uma relíquia, que fica guardada no pé do altar, que representa o povo. Dessa forma, as relíquias nos lembram que “O sacrifício de Cristo nos torna todos santos”.

Para o Santuário Menino Jesus de Praga foram escolhidas relíquias – pequenos fragmentos de ossos – de santos mais próximos de nossa realidade histórica. São eles: Santa Dulce dos Pobres, Santa Josefina Bakhita e o Bem-Aventurado Padre Donizetti.

 

Santa Dulce dos Pobres

Nascida em Salvador, Bahia, no dia 26 de maio de 1914, Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, passou a ser chamada de Irmã Dulce ao tornar-se religiosa na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus.

Com sua fé inabalável e vida consagrada a Deus, Irmã Dulce andava pelas ruas de Salvador em busca de doações para os mais necessitados. Em 1949, chegou a transformar o galinheiro do convento num abrigo para doentes que ela recolhia das ruas.

E assim foi a vida de Irmã Dulce, sempre trabalhando pelos mais necessitados, até sua morte em 13 de março de 1992.

No dia 22 de maio de 2011 foi beatificada e, em 13 de outubro de 2019, em uma cerimônia presidida pelo Papa Francisco, no Vaticano, Irmã Dulce foi proclamada “Santa Dulce dos Pobres”, tornando-se a primeira santa brasileira.

“Procuremos viver em união, em espírito de caridade, perdoando uns aos outros as nossas pequenas faltas e defeitos. É necessário saber desculpar para viver em paz e união” – Irmã Dulce

 

Santa Josefina Bakhita

O trauma vivido no dia em que foi raptada provocou grandes lapsos de memória em Bakhita. Além de esquecer sua história, a santa esqueceu também seu próprio nome. Bakhita, termo árabe que significa “afortunada”, foi-lhe imposto pelos traficantes de escravos de Cartum, capital do Sudão. Foi comprada e vendida diversas vezes, padecendo castigos físicos e morais até ser adquirida, aos 21 anos, por um cônsul italiano que a levou para Veneza.

O cônsul teve de voltar à Itália e levou a escrava consigo. Na chegada à Europa, ela foi entregue a um casal de genoveses. Liberta e trabalhando como ama-seca, Bakhita tornou-se amiga de sua patroa e das crianças. Quando o casal teve de retornar à África para cuidar de negócios, Bakhita e as crianças foram confiadas às Irmãs Canossianas. Ela pôde então, conhecer o Deus que há muito “sentia no coração, sem saber quem Ele era”.

Cumprido o catecumenato, nasceu para a Igreja no dia 9 de janeiro de 1890 e recebeu novo nome, Josefina. A cada dia refletia sobre os desígnios que a levaram a Nosso Senhor; imitava-o ao orar por aqueles que a haviam perseguido, e sem saber, conduzido às fortunas de Cristo. Logo fez votos perpétuos como irmã canossiana.

Em mais de 50 anos de vida religiosa, a piedosa mulher praticou o princípio do evangelho de alimentar, vestir e cuidar de Jesus Cristo na pessoa dos pobres. Sua inesgotável caridade era acompanhada por um sorriso inabalável, que reavivava a confiança dos corações aflitos e conduzia à penitência os corações endurecidos à força de ditos espirituosos e palavras encorajadoras. Sua amabilidade conquistou a todos e levou a população a apelidá-la Mãe Moreninha.

A idade e as mortificações reduziam seu corpo à extrema fraqueza. Passou seus últimos dias acamada, revivendo as dores da escravidão. Ofereceu suas preces e penitência à conversão dos vivos e ao alívio dos falecidos, conservando sempre um sorriso no rosto. Josefina Bakhita faleceu em 8 de fevereiro de 1947, rodeada por suas irmãs e sequiosa de Deus. Desde então muitas graças são alcançadas por sua intercessão.

 

Padre Donizetti

Padre Donizetti Tavares de Lima nasceu na cidade de Cássia-MG, no dia 03 de Janeiro de 1882. Quando tinha quatro anos de idade, sua família mudou-se para a cidade de Franca-SP onde fez o curso primário e foi aprendendo os rudimentos da música.

Aos 15 anos de idade foi matriculado no curso preparatório do antigo Seminário Episcopal de São Paulo e depois de três anos cursou o Colégio em Sorocaba, voltando no ano de 1900 para o Seminário. No dia 12 de Julho de 1908, foi Ordenado Sacerdote em Pouso Alegre-MG, mas foi em Tambaú-SP onde trabalhou por mais tempo, entre 13 de junho de 1926 e 16 de junho de 1961, quando faleceu aos 79 anos de idade por complicações cardíacas.

“Pe. Donizetti tinha vida austera, sem luxo, nada de requinte. Sua aspiração era servir a Deus sobre todas as coisas. Tinha total zelo pelas crianças e idosos, mas acolhia a todos sem distinção”. (Livro Pe. Donizetti de Tambaú – José Wagner Azevedo).

Na cidade fundou uma creche, a Casa da Criança, cuidou dos trabalhadores, fazendo o círculo operário e, por fim, olhou pelos idosos e fez o Asilo.

Na década de 1950, muitos fatos aconteceram que deram ao Pe. Donizetti a fama de Santo: muitas curas foram atribuídas a ele através de sua bênção.

Sem poder mais atender individualmente cada pessoa, decidiu que daria sua última bênção em público no dia 30 de maio de 1955. A ocasião reuniu uma grande multidão e aviões sobrevoaram o local derramando uma chuva de pétalas de rosas.

Sua saúde foi se complicando devido ao diabetes e insuficiência cardíaca. Foi internado várias vezes no Hospital para receber tratamento médico. O Padre Donizetti faleceu no dia 16 de junho de 1961 e, desde então, muitos relatos de curas foram registrados e testemunhos de devotos atribuem-lhe graças recebidas por sua intercessão.

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